RESUMO
A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Frei Calixto localizado na Rua Pereira da Silva Nº 02 no Bairro Nilo Fraga em Porto Seguro. Por meio de uma pesquisa de Campo foi possível analisar e vivenciar vários aspectos na questão das “novas tecnologias”. Por exemplo, que tecnologias estão inseridas no âmbito escolar? que ajustes foram feitos no espaço físico com o objetivo de atender a essa nova fase do século XXI? que tipo de dificuldades são encontradas pelo educador ao manejar essas tecnologias propostas pela Globalização? bem como, qual o ponto de vista dos alunos da escola com respeito ao assunto em pauta?
Com certeza, a pesquisa e realização do trabalho nos deram oportunidades ímpares na questão de conhecer melhor a escola, os aparelhos tecnológicos lá presentes e de enriquecer nosso conhecimento sobre outros aspectos de nossa aprendizagem.
Palavras-chave: Escola, Tecnologia; Oportunidades.
INTRODUÇÃO
No século XXI, a tecnologia de alta qualidade atingiu a todos levando as escolas o que há de mais moderno. Apresentar a Escola Municipal Frei Calixto mostrando seus pontos positivos e como a tecnologia mudou a vida de muitas crianças, é uma satisfação, pois, a escola está situada numa área periférica da cidade e mesmo sento de grande porte passa por seus desafios, mas sempre vencendo seus obstáculos. A tecnologia mudou a vida escolar de alunos e professores, melhorando cada dia o ensino e aprendizagem.
OBJETIVO GERAL
A ideia é fazer busca ampla pelas informações sobre tecnologia e como elas são inseridas nas escolas destacando na escola escolhida os pontos positivos e negativos do uso das novas tecnologias, ampliando nossos conhecimentos través de uma pesquisa de campo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
A finalidade da pesquisa-ação foi para um conhecimento mais detalhado sobre o uso da tecnologia na escola Municipal Frei Calixto. Visitamos a escola a fim de conhecer de perto como a mesma funciona, entrevistamos de maneira informal, professores, alunos, e direção. Perguntando sobre a historia e suas ferramentas tecnológicas, tiramos fotos, gravamos e exploramos todas as salas e laboratórios.
METODOLOGIA
O objetivo da pesquisa- ação é buscar conhecimento e destacar a importância da informatização na escola. Os dados observados estão concentrados nos seguintes instrumentos de coleta: Laboratório de Informática com 43 computadores, 28 lousas digitais, sala Multifuncional com 01 Data show, 01 Ar condicionado e 02 computadores adaptados em Braille.
Em relação ao uso da tecnologia na escola concentramos em entender o uso da lousa digital, fazendo levantamento dos conteúdos que são desenvolvidos com os alunos.
Esta pesquisa analisada sob a ótica da pesquisa-ação envolvendo, alem da historia da escola observação participativa, filmagem e foto digital, como registro.
Local de pesquisa: Escola Municipal Frei Calixto, Rua Pereira Silva Nº 02 – Nilo Fraga.
População: Alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Instrumento de pesquisa: Entrevistas, vídeos e pesquisa de campo.
Abordagem de analise: Através do ofício disponibilizado pela Unifacs, conseguimos acesso a todo espaço – físico e ferramentas tecnológicas que a escola possui.
ATIVIDADES REALIZADAS
• Fase exploratória (período 13/02 a 27/02)
Fizemos um levantamento das escolas do nosso bairro (Frei Calixto) e decidimos em unanimidade pela escola Municipal Frei Calixto, por já termos um conhecimento prévio da mesma e estar localizada em nosso bairro facilitando assim as visitas, fizemos contato pessoalmente onde levamos o oficio disponibilizado pela Unifacs para analise da diretora Nadiva Lopes de Souza que nos deu toda liberdade de fazermos a pesquisa.
• Fase diagnostica (período 28/02 a16/03)
Essa fase usamos de dois dias diferentes para acompanharmos em momentos distintos o cotidiano da escola, conversamos com professores, alunos e coordenadores sobre o uso da tecnologia bem como os seus hábitos. Acompanhamos as aulas dos professores tanto nas salas como no pátio.
• Fase de analise e produção do relatório (período 17 a 31/03)
Fizemos uma analise detalhada do espaço físico e todos os equipamentos tecnológicos que a instituição possui. Observamos também os desafios encontrados pelo corpo pedagógico em lidar com os equipamentos que a escola possui, pois, nem todos sabem ainda manusear um computador, por exemplo, o maior desafio tem sido conciliar às aulas as novas ferramentas como a lousa digital, embora todos os professores tenham recebido o treinamento básico, este não foi suficiente para que eles possam manusear com facilidade. A pesquisa de campo nos trouxe uma visão exata de como a educação esta mudada, hoje contamos com diversas ferramentas que facilitam em nosso dia-a-dia como professor, possibilitando uma extensão maior em nosso trabalho fazendo com que os alunos obtenham maiores informações através da internet que podemos utilizar diretamente com eles na lousa digital.
ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA
A pesquisa foi muito satisfatória, poder vivenciar momentos importantes, como as aulas do professor Etevaldo, nos proporcionou um vislumbre do que venha a ser um educador. Aprendemos que ser professora (or.) vai muito além de entrar em uma sala de aula e passar a matéria encontrada nos livros didáticos, não significa ser “O gênio da lâmpada”, na verdade, envolve promover conhecimento, não medir esforços, se interessar pelo que o aluno estar aprendendo e se o faz de modo satisfatório, se preocupar de modo individual com eles, ser professor é usar todos os meios possíveis para induzir o educando a entrar na busca de saberes.
E é isso que faz o professor Etevaldo Xavier, ao conversarmos com ele, ficamos a par de como ele faz uso das novas tecnologias para tornar suas aulas mais produtivas e prazerosas. Em entrevista o professor Xavier nos diz, “[...] Eu estou sempre procurando uma ideia nova sobre como passar a matéria para os alunos de maneira a beneficiar a mim e a eles. Daí eu uso computador para fazer pesquisas e o retroprojetor para transmitir as aulas.” Quando o indagamos se a escola oferecia suporte tecnológico ele não se refreia em dizer: “[...] Sim, a escola dar total apoio à ideia, tudo que eu preciso, eles me cedem sem questionamentos. Eu procuro sempre fazer o pedido antecipadamente, uma semana antes, por exemplo.” Ainda perguntamos se a escola precisava melhorar em algum aspecto (no sentido tecnológico) e ele nos responde que: “[...] Acredito que o básico já foi feito, a escola dispõe de vários computadores, notebooks, ano passado mesmo quando eu precisei de computadores com internet para o uso dos alunos, eles cederam, agora temos a lousa digital, mas acredito que a gente nunca pode achar que está bom, temos sempre que buscar melhorias” (Xavier, professor). Como recompensa de seu bom trabalho, o professor Xavier, recebe a aprovação e atenção dos seus alunos em sala de aula, nós somos testemunhas oculares disso.
Somos levadas a concordar com as sábias palavras de Paulo Freire (1998), “[...] O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade”.
[...] A escola, com as redes
eletrônicas, abre-se para o mundo; o aluno e o professor se expõem, divulgam
seus projetos e pesquisas, são avaliados por terceiros, positiva e
negativamente. A escola contribui para divulgar as melhores práticas, ajudando
outras escolas a encontrar seus caminhos. A divulgação hoje faz com que o
conhecimento compartilhado acelere as mudanças necessárias e agilize as trocas
entre alunos, professores, instituições. A escola sai do seu casulo, do seu
mundinho e se torna uma instituição onde a comunidade pode aprender contínua e
flexivelmente. José Manuel Moran (4ª ed, Papirus, 2009, p. 101-111).
Acompanhamos diversas atividades observamos todo espaço físico, laboratório, infocentro que conta com 43 computadores completa com monitor tela plana, entramos em diversas salas de aula a escola possui 28 salas funcionado. Vimos de perto como funcionam as lousas digitais, pois a mesma já está instalada em todas as salas de aula e algumas prontas para o uso, também visitamos a sala de cinema que também é o auditório, a sala de vídeo é muito bem equipada com televisor LCD tela plana 32 polegadas e DVDs. Fomos ver a sala da coordenação, vice- direção e direção todas as salas estão instalados computadores impressoras multifuncionais, not book, bebedouro, geladeira, televisores e ar condicionados, tem também a sala multifuncional que conta com dois instrutores e 12 alunos especiais no turno matutino que utilizam à sala de quarta a sexta-feira tivemos a oportunidade de chegar ao momento em que uma aluna com deficiência é surda-muda usava o computador juntamente com o instrutor.
Acompanhamos à hora do lanche no refeitório e entramos na cozinha onde comporta três freezers duas geladeiras um micro-ondas dos fogões industriais e um liquidificador industrial, no pátio tem dois bebedouros industrial.
Entrevistamos o professor e coordenador Jeremias Macedo que respondeu as seguintes perguntas.
1- Quais ferramentas tecnológicas a escola possui?
[...] a escola esta equipada com:
28 lousas digitais;
28 data show;
28 not book;
02 caixas de som amplificada;
01 mesa de som completa;
47 computadores que estão localizados na sala de infocentro;
01 sala de cinema com tela para retroprojetor;
03 televisores tela plana 32 polegadas, com entrada USB e HDMI sendo que uma dessas TVs esta localizada na sala dos professores, 18 ar- condicionado que estão divididos entre, sala dos professores, biblioteca, cinema, sala de infocentro direção e entre outras.
Ventiladores instalados nas 30 salas;
01 sala de vídeo;
03 DVDs;
06 impressoras multifuncionais;
01 maquina para escrever em braile;
03 microfones;
02 bebedouros industriais. Toda escola é interligada com internet banda larga velox e também sinal Wi Fi.
QUESTIONARIO.
2- O professor tem livre acesso a essas ferramentas? E os alunos?
O professor sim, menos a sala de infocentro, por que não temos um profissional para mexer nos 47 computadores, pois, estes possuem o programa Linux, e o curso que os professores fizeram não pode ser concluído. Já os alunos o acesso é limitado em todos os aparelhos, pois eles necessitam do auxilio do professor ou a companhia de outro funcionário da escola.
3- Essas ferramentas são usadas com quais frequências? E quais são as principais finalidades nesse uso?
A lousa é de uso diário juntamente com os not book, e os demais aparelhos são usados também com bastante frequência. A finalidade é de administrar as aulas com maior comodidade e ampliar através desses aparelhos o conhecimento dos alunos.
Com os avanços tecnológicos do século XXI, não nos admiramos com o fato de que a educação passe por mudanças, tendo como base a tecnologia visando melhorias educacionais. Em nível de exemplo, há cinco anos atrás, usava-se objetos manuseáveis, mimeógrafos, na produção de cópias de uma atividade manuscrita, cópias muitas vezes ilegíveis. Hoje, porém, a maioria das escolas possuem impressoras multifuncionais, bem como computadores com Internet que facilitam o trabalho dos professores, proporcionando que haja mais tempo para que eles possam planejar suas atividades com mais anelo. Pois bem, foi observado justamente isso na Escola Municipal Frei Calixto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa foi muito produtiva, visto que enriqueceu nossa maneira de pensar à tecnologia como uma forma de beneficiar professores e alunos. Computadores, infoncentro, lousas digitais, data show, televisores tela plana entre outros, são evidências de que o Governo vem investindo, mesmo com parcialidade na educação publica. Além do mais conhecer através da pesquisa-ação a escola Municipal Frei Calixto, conversar com o corpo docente nos fez ver que ser um bom educador é possível, conduzir nossos educando as fontes de saberes depende unicamente de nós. Os desafios dos professores do séc. XXI são diversos entre eles estão: meninos indisciplinados, violência verbal e diversas vezes física, péssimas propostas de salário, salas muitas vezes inadequadas por condições físicas e lotadas, defasagem de alunos e diversos outros fatores, embora haja todos esses desafios aqui citados, ainda assim vemos que a educação esta tendo um avanço positivo através da tecnologia como novo recurso, alunos e professores movidos pela curiosidade estão rompendo suas barreiras e entregando-se ao novo, em busca de uma aprendizagem facilitadora.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo (1983). Extensão ou comunicação, São Paulo, Paz e Terra, 65 paginas.
FREIRE, Paulo (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários a pratica educativa, São Paulo. Paz na Terra, 54 pagina.
FREIRE, Paulo (1998). Por uma pedagogia da pergunta, São Paulo, Paz e Terra, 65 paginas.
MORAN, José Manuel A educação
que desejamos: Novos desafios e como chegar lá (4ª ed, Papirus, 2009, p. 101-111)
http://coimbra.academia.edu/PLeite/Books/1481471/Casa_Muss-amb-ike_O_Compromisso_no_Processo_Museologico
Ultimo acesso 02/04/2012 às 20h36min